Grito
Meu grito calado
Dentro de mim
Sem eco externo
E tao ensurdecedor
Grito
Todas as minhas dores
Anestesiadas pela rotina
Lancinante e incontida
Na minha solidão
Grito
Veladamente em meu silêncio
Esperneando nas súplicas
Postas nas entrelinhas
Invisíveis às tintas
Calo então
Quando amanhece o dia
E se faz preciso calar
Para tocar a vida
Sem tempo para a dor
Calo então
Quando estendo a mão
Calejada e sem esmalte
Ao que me fez esteio
E se precipita ao precipício
Calo então
Quando percebo que meu grito
Nunca foi ouvido
Puro e simplesmente
Por (eu) não saber gritar
(Nane-06/03/2015)
Nenhum comentário:
Postar um comentário