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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Fardo
Meu corpo arde desejoso
Sente a falta do seu
Vê passar o tempo incólume
Na pele enrugada e sem brilho
Nos contornos perdidos
Na mente ficando demente...
Que imagina seu corpo enrijecido
Tocado por outras mãos
Enquanto as do meu corpo tremem
Não de prazer
Mas pelo tempo incólume
Que me leva embora
A máscara que se desenha em minha face
É a do tempo passando tão rápido
Ornamentada pelas rugas sulcadas
E a púrpura nos olhos cansados
Até do próprio carnaval
E de todas as minhas fantasias
Meu corpo admite (e sente) a velhice
E recorda o seu juvenil
Espera sem pressa a hora
De libertar-se desse peso
Que obriga minha alma pesada
A carregar esse fardo
(Nane-08/12/2014)
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