quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

RODA CONTRÁRIA

Amanhã não sei de mim
Hoje, faço meu viver
O que vai ser
Deixa acontecer

Virado no ontem
Que já passou
E nem saudades deixou
Fudeu-se. Acabou

Amanhã, talvez não viva eu
Louco quem deixa de viver
A tumba pesa mais do que parece
Por sobre a face de quem enlouquece

Valham-me todos meus orixás
Perdidos e desconectados
Já não encontro oferendas que lhes bastam
Na selva das redes sociais

Pombagira se fez homosexual
E gira na roda contrária
Contrariando a sociedade
Da macumba socializada

Amanhã não sei de mim
Hoje faço meu viver
No ontem já morri
Agora sou mais eu

(Nane-25/12/2014)
 
 
 

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