segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

ENTRE DOIS AMORES



Um vento que sopra
Em redemoinho
Levanta poeira
Arranha a face

O mar bravio
Cava buracos
Na areia fina
Sem reflexos de estrelas

A noite fechada
Escuta os lamentos
Das ondas quebradas
Nas pedras moldadas

O pescador aportou
Jogou sua âncora
Amarrou seu barco
E foi se deitar

A bela morena
Que não esperava
Por seu homem
Sorri dengosa

Sussurra gemidos
Ao pé do ouvido
Que se deixam levar
No vento uivante

O mar bravio
Embevecido se acalma
Deixando a ver navios
A bela Iemanjá

(Nane-29/12/2014)

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