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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
É só poesia
De que poesia falo eu
Quando escrevo meu silêncio
Escoado em palavras
Não ditas...
Talvez dos céleres poemas
Fugazes e indecentes
Que vagueiam pela mente
E morrem ao despertar
De que poesia falo eu
Quando espero na madrugada
O encontro com ela (a inspiração)
E a vejo num limiar
Entre a vida e a morte
Entre o céu e o inferno
Entre o lúdico e o nefasto
E me perco nas palavras
Tentando decifrar
De que poesia falo eu
Que me cobra e me obriga
Sem nunca me oprimir
Sem ditar regras ou me policiar
Quando sopra seus espectros
E eu transformo em emoção
Gerando lágrimas ou suspiros
Dos mais loucos do que eu
Que perdem seu tempo ao (me) lerem
De que poesia falo eu...
(Nane-15/12/2012)
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