quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Lizandra

Me encantou o olhar matreiro de Lizandra
Encarando o meu de soslaio
Aguardando com paciência eu me afastar...

Seu corpo magro dentro do vestido
Deixava a mostra dois "gravetos"
Ainda sem curva nenhuma...

O cabelo, visivelmente embaraçado
Escorria-lhe pelos ombros pontudos
Escondendo seu sorriso malicioso

Entrei em casa e por detrás da cortina
Vi quando ela, feito um relâmpago
Subiu com maestria na mangueira (em meu quintal)

Não mais de dez minutos
Foi o que lhe bastou
Para encher de mangas a sacola

Desceu num salto de saltimbanco
E olhou sorrateira a sua volta
Procurando por alguém

Saí "brava" de casa e gritei:
-Peste! Espera que te pego
Ela sorrindo, desandou em correria

Me encantou a ousadia de lizandra
Roubando minhas mangas doces
Como as que eu roubava na infância

(Nane-04/12/2014)

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