Brinda a alma à luxúria
Entorpecida num corpo
Hoje esquálido e envelhecido
Resistindo ao tempo que lhe cabe
Vibram cada um dos neurônios sob a pele
Desejosos do prazer do sexo
Feito a puta de aluguel subentendida
E revestida do véu da devotada
A velha enxerga no espelho embaçado
A fogosa mulher fatal de outros tempos
Goza dos desfrutes pecaminosos
Escondida em seu próprio disfarce
Pisca a vulva delirante sob o pano úmido
Como se penetrada fosse
Espasmos de um prazer alucinógeno
Contorcem os músculos já flácidos
A vergonha embriagante e melancólica
Faz do prazer, culpa pecaminosa
Transformando o orgasmo alcançado
Em mera e puta pieguice
(Nane-10/12/2014)
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