segunda-feira, 26 de abril de 2010

O breu


Eu me imaginei num sonho, mas acordei
E no meu quarto só havia o breu vazio
Mosquito que zunbia em meus ouvidos
Me impedindo de dormir

Virei para um lado e tentei apagar
Mas a sua imagem fria e zombeteira apareceu
Sorrindo muito...prá mim, ou de mim
Prepotência imbecil que não me deixou dormir

Virei pro outro lado, vou deletar a sua imagem
Agora o mosquito vem zumbir num voo razante
Confundo...é mesmo zumbido, ou deboche?
Porque te ouço sorrir de mim...ou prá mim?

O corpo se incomoda com tanto virar na cama
No breu da noite...seu rosto se ilumina na mente
Fecho os olhos, não adianta, me persegue
Escuridão, negrume, e você sorri...prá mim...de mim...

Preciso adormecer...mas prá que, se lá está você também
O dia parece estar tão longe...tão distante
Isso é obssessão...mania...perdição
Isso é cansaço dessa noite que não se acaba...nunca

(Nane-26/03/2010)

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