É um cansaço assim
Que o corpo não condena
Então ninguém percebe
Que a vida passa em vão
Vão de torres inalcançáveis
Nas quimeras indescritíveis
De degraus infinitos
Levando um tudo à um nada
Cansaço que bate sem piedade
Fazendo do viço transição
Do novo ao velho imprudente
Do corpo à alma delirante
Vão tão próximo de um tudo
Tendo no nada um coeficiente
Subjugado à tantas vertentes
Sem razão nenhuma encontrada
Cansaço de quem sabe que é em vão
O vão de paralelas que não se cruzam
Pelo simples fato de seguirem sempre
Um caminho em linhas retas
Caminhos que decidimos sem perceber
Que nunca irão se encontrar
Por achar que caminhar lado à lado
Signifique juntos estar
Cansaço de quem decidiu se entregar
Sem com mais nada se preocupar
Deixando nas mãos do destino
A vida continuar...
(Nane-19/11/2017)
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