Não. Não sou eu quem te escreve
Subterfúgio desamparado
Escuto e reproduzo
Em despautérios o que produzo
Conversa fiada e sem propósito
Escrita em momentos irrelevantes
Para quem lê ou imagina
Final do poço para quem escreve
Desdêmona se cansa
Nem é tanto pueril
Nem é tanto pueril
Mas Otelo é sempre inverrossímil
Se perde na razão
O fio da navalha afiada
Repousando sob o travesseiro
Retalhando a paz e o sossego
De um sono conturbado
Relevâncias e desatinos
Olhados por outro ângulo
Tão fácil resolver
Basta apenas saber viver
Só me digam onde esta o tutorial
Para não ser Otelo, nem passional
Ser quimera realizada
Utopia sem precisar de fantasia
Loucuras passadas pela mente
Que vaga vazia e sem precedentes
Que vaga vazia e sem precedentes
Enquanto o copo não se esvazia
E toda a merda vira poesia
Não. Não sou eu quem te escreve
São só meus dedos viciados
Nas teclas que "induzem-me" a escrever
Nas teclas que "induzem-me" a escrever
Teu nome nas entrelinhas...
(Nane-11/11/2017)
(Nane-11/11/2017)
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