domingo, 19 de novembro de 2017

COBRANÇAS DA VIDA

Sentindo sentimentos
Indefinidos em definição
De erros e acertos
Tão certos quanto errados

Misturas sem sentidos
Perdidos no passar de um tempo
Onde o que devia não pagou
E a vida cobra ao devedor

O que fiz e o que deixei de fazer
Reflete nas luzes que piscam
Anunciando um tempo vindouro
Se do bem ou do mal...não sei

A promissória da vida vencida
Cobra o monte devido
Fiz o que achei ser o certo
Me diz o destino, está errado

Tento tanto por tanto tempo
Que nem percebo que passa o tempo
Surge um novo tempo para se tentar
E temo nesse novo tempo (outra vez) me perder

A vista cansada e já turvada
Não vê com precisão
Jogo fora todos os meus preceitos
Vencida pelo cansaço do tempo

O velho cajado torto
Já não me ampara mais
O tempo fez de um mesmo percurso
Caminho arriscado e aventurado

O vigor de quem fazia
Não faz mais nenhum sentido
Segue a vida seu destino
Sem que eu possa interferir

(Nane-19/11/2017)




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