Lá vem as lembranças
De quando eu ouvia
Minha mãe gritar aos meus ouvidos
O que eu tinha que fazer
A vara de marmelo
Que de marmelo nada tinha
Era uma simples varinha
Retirada do quintal
Menina rebelde e deslumbrada
Com as coisas que a vida apresentava
Nas quimeras das folhas dos livros
Que lia sem compreender
Lá vem a minha mãe
Despejando o feijão nos sonhos meus
Ancorando meus voos
Me plantando no chão
Vou planando à deriva
Sem o colo e os braços
Insistindo nos sonhos
Desdenhando dos feijões
É que o tempo passou
E a semente não vingou
Fortaleza é capital (fundamental)
A mãe...vital
O sonho vislumbra
A realidade persiste
A vida continua
A poesia...me desnuda
(Nane-12/11/2017)
(Nane-12/11/2017)
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