sexta-feira, 10 de novembro de 2017

NO APAGAR DAS LUZES

Apagam-se as luzes do dia
No crepúsculo se põe o sol
Rumo ao berço oriental
Onde há de brilhar

A lua
Minguada e acabrunhada
Escondida por entre as nuvens
Não ilumina e nem tem aura

Luna sem halo
Melancolia na noite escura
Refém da minha própria poesia
Rabisco disparates e heresias

Saudades que infla o peito
Vontades de não sei o quê
Mundo pequeno e rarefeito
Metáforas de vidas efêmeras

Puxa-me a vida à realidade
Lembrando-me das contas à pagar
Esvaem-se lembranças inócuas
De um tempo que já passou

Amanhã a realidade me aguarda
Sem se importar com nenhuma saudade
Cala a poesia efêmera
Grita a realidade nua e crua

É hora de me recolher
É hora de silenciar a poesia
Viver sem medo o meu dia a dia
Fechar os olhos e adormecer...

(Nane-10/11/2017)





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