Escrevo sobre o quê
Ou sobre quem
Não sei
Foge-me a inspiração
Quem és tu que me vem à mente
Fantasma de meus devaneios
Sem rosto ou forma definida
Espectro redundante de um nada
Rever teus sinais alucinados
Em meus constantes delírios
Transforma em quimeras a realidade
Despenca em pesadelos, meus sonhos
Restaram efêmeros momentos
Perpetuados em meus sentimentos
Jogados e relegados na latrina
De um bar mal frequentado na madrugada
O mesmo guardanapo que me serve
De rascunho para uma poesia
Uso propositalmente no que me alivia
Para limpar a minha bunda
Te xingo, maldigo e expurgo
Me entrego, me dou e me exponho
Choro, me descontrolo e me afundo
Me perco, te perco e não entendo
Só mesmo o teu sorriso
Alivia e estranhamente me aquieta
Quando devia me fazer efervescer
E te mandar, sem modéstia, se f....
(Nane-14/11/2017)
Nenhum comentário:
Postar um comentário