quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sob os Arcos da Lapa

Ira e medo
Sensações que se misturam
Vontade de gritar
Medo que me ouçam
Mergulho nos meus medos
E me queimo no próprio fogo
O fel dos meus desejos
Se misturam ao mel que é anseio
Morro em cada esquina
Para renascer na próxima avenida
Caminho sem rumo na cidade cheia
Em noites de tanta prostituição
Pessoas sem passado e nem futuro
Que vivem ao seu bel prazer
Por tanto o quanto oferecer
A noite corre sem cabresto
Nos arcos que escondem e camuflam
Histórias de quem não tem ninguém
E procuram em alguém
Razão, ainda que efêmera
Para seguir adiante e sem pudor
A vida que nos arcos...se vendeu
Olho e me vejo assim...
Perdida numa noite sem fim
Sem saber se amanhã vou sobreviver
Além daqui...


(Nane-28/09/2011)

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