sábado, 17 de setembro de 2011

Cheiro de enxofre

O inferno veio à tona
Em forma de vulcão
Saeem lavas pelos poros
E ruge urros na minha respiração

Sou o monte em ebulição
Sem ter onde vomitar
Minha vontade louca
De gritar...gritar...gritar

Não sou o monstro encomendado
Que fez da própria vida o pecado
Não sou vítima de nada
Sou só o resultado da fera desembestada

No peito ferve o turbilhão
Que faz subir à cabeça a inspiração
Das palavras vomitadas a esmo
Desagradando à mim mesmo

Sou vulcão em erupção
Pronto a entrar em explosão
E sabendo que a lava que vai jorrar
Será a própria alma que há de queimar

Sou o inferno que criei
E não dá mais pra voltar
Deixa a lava fluir
Até a alma expurgar

(Nane-17/09/2011)


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