sábado, 17 de setembro de 2011

Poeta mentiroso

Esperei uma vida inteira por alguém
Que teimou em não aparecer
Já tinha me acostumado à solidão
Mas o imbecil desse meu coração...
Não entendeu que meu tempo já passou
Que não devia mais me apaixonar
Que já é chegado o tempo de sossegar
E não mais o de penar
O tempo é cruel e dilapida
A beleza exterior que conta o ponto
A interior é coisa de poesia
Que o poeta teima em rimar com fantasia...
O tempo dá a forma da disformidade
Enquanto a poesia distorce a realidade
O poeta diz que se apaixona pelo interior
Mas ao seu lado trás sempre o vigor
De um jovem amor por quem se apaixonou
Em detrimento ao antigo que ele abandonou
Por imposição da peça que a vida lhe pregou
E que ele, com sinceridade não rimou...

(Nane-17/09/2011)

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