quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A morte do fake

Ele chegou de mansinho...se infiltrou devagarinho, foi ganhando notoriedade e vivendo a vida como se fosse de verdade. Não queria fazer mal a ninguém...sua vontade era só fazer amigos virtuais. Não imaginava o estrago que os fakes fazem na vida de alguém...O fake sem querer, fez a moça nobre de sentimentos por ele se apaixonar. Seus gestos educados e sensíveis acabaram por encantar a moça...que nunca poderia imaginar o quanto esse amor iria lhe custar. Talvez se o fake soubesse o que estava a lhe esperar, jamais teria entrado na net a navegar...mas nada é por acaso. O fake seguiu a sua vida, sem perceber o rastro de sofrimento que deixara por seus caminhos...se ao menos imaginasse...quantas coisas poderiam ter sido evitadas. Mas ele achava mesmo que não fazia o mal, era só uma curtição, sem maiores consequências. A moça que era doce e encantadora, que sonhava com seu príncipe, que queria um amor...de forma estúpida descobriu que o seu homem escolhido era só uma miragem no deserto da internet...ele nunca existiu. Seu amor era tanto, que já estava enraizado...ela nunca mais se conformou e de amores se perdeu. Ao amor ela se fechou e passou a amargar o fel da indiferença. Agora seria só os seus desejos o principal fator. Seus sentimentos morreram juntos com seu amor. Ela até tentou um novo amor, mas o fantasma do antigo amor, fake desestrurador, não deixava acontecer...era ele o único a quem amou. De que vale a vida sem amor? Dormir talvez seja a solução...e ela mergulhou num sono profundo de onde não queria acordar. Mas o destino não lhe deu trégua, e ela voltou a acordar. Na madrugada sombria, a moça embriagada tenta do amor maldito se despedir e sai em disparada num carro desgovernado...a morte zomba dela e a manda de volta a vida. O fake é seu amor...vai viver a sua vida. Passa o tempo dolorido...e ela é guerreira, Sobrevive as intempéries que a vida lhe apronta. O fake ainda vive...está nela entranhado...só precisava o matar para a sua vida continuar. Por fim ela se entrega e resolve viver o faz de contas. Nunca vai poder concretizar o seu amor, mas vai viver a fantasia...ahhh o amor!!! O tolo fake se deixou pegar...A moça finalmente se estruturou e o fake se apaixonou. Agora era ele quem amava sem medidas...ela o tinha em suas mãos. Só não sabia que ela arquitetava a sua liberdade...O destino fora-lhe madrasta, mas também a ensinara...a moça lançou a sua rede e o fake se deixou emaranhar. Quando ele se declarou e aos seus pés se lançou, ela disse num sussurro: Xeque-mate! Matei o fake!


(Nane-15/09/2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário