terça-feira, 13 de setembro de 2011

A revolta dos vermes

Pobre ser humano
Que se ofende ao ser comparado
Com os vermes que corroem seu corpo
Por falta de opção

Ofendido deveria sentir-se o verme
Que na falta de outro alimento
Se vê obrigado a degustar
A podridão da humanidade

O burro, o cão, a anta...
Seres puros e tão valorosos
Pejorativos de imbecis
De inúteis e gente vis

Repugna-me ver a traíra
Ser friamente relegada
A essa gente que nem às traças
Deveriam ser jogadas

Se os pobres animais soubessem
Se pensassem um pouquinho
Processavam essas comparações
Desse povo tão mesquinho

Então os vermes exigiriam
Que se fizesse a cremação
Pois o cheiro da podridão
Contamina até o chão...

(Nane-13/09/2011)

Um comentário:

  1. Nane, descobri seu blog percorrendo outros sites e gostei muito de parar aqui, já fiquei rs

    Parabéns não só por sua página, mas também por seus poemas. Achei tudo muito bom!

    Grande abraço!

    Bruno

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