Limpando meus canteiros
Vi tantas folhas mortas
E no entanto não vi morte
Mas a continuação da vida...
Espalhei-as pela terra
E serviram de adubo
Para as próximas sementes
Que estão a germinar...
Há tempo para tudo
Nascer, viver, morrer
Há servidão para tudo
No círculo contínuo...
À terra o que é da terra
Ao homem o que é do homem
O tolo toma a terra
E na terra é plantado o tolo...
Cheiro bom que vem da terra
Aguando a plantação
Se dando inteira e sem restrição
Ao plantador de amor...
Vi tantas folhas vivas
Dependentes das que morreram
Vi tanta vida germinando
Dentro das que estão se acabando...
(Nane - 05/08/2013)
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