segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Vidas na morte

Limpando meus canteiros
Vi tantas folhas mortas
E no entanto não vi morte
Mas a continuação da vida...

Espalhei-as pela terra
E serviram de adubo
Para as próximas sementes
Que estão a germinar...

Há tempo para tudo
Nascer, viver, morrer
Há servidão para tudo
No círculo contínuo...

À terra o que é da terra
Ao homem o que é do homem
O tolo toma a terra
E na terra é plantado o tolo...

Cheiro bom que vem da terra
Aguando a plantação
Se dando inteira e sem restrição
Ao plantador de amor...

Vi tantas folhas vivas
Dependentes das que morreram
Vi tanta vida germinando
Dentro das que estão se acabando...

(Nane - 05/08/2013)

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