sábado, 10 de agosto de 2013

O encantado

Me atrai o inatingível
Por isso busco o perdido
No horizonte além de mim
Palavras são palavras
Que se não fazem sentidos
Agrada aos ouvidos
Quando ditas pela voz
Que se quer sempre ouvir
Que poeta é normal
Quando tira poesia
Exatamente da insanidade
Em que vive mergulhado
Mesmo quando doce e alienado
Mesmo quando louco e furioso
Não ama por amar
Mas precisa de um amor
Efêmero e duradouro
Etéreo e imutável
O poeta quando escreve
Se torna possuído
Se deixa domar
Nem percebe o que escreve
E goza no seu orgasmo
As fantasias imaginadas
Encantado e sem nexo
O poeta é criança
Na espera eterna de um poema
Ainda a ser escrito

(Nane - 10/08/2013)


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