Já não me faço de rogado
Extirpo meus sonhos
Adormeço meus desejos
Enquanto vou vivendo
Estampo um sorriso no rosto
Não, não finjo nada
E nem tento agradar
Sou o que sou
Mas a vida me cobra o continuar
Ainda que eu tenha que me arrastar
Não sou um suicida
O mundo é tão grande
A alma tão eterna
Ainda que pequena
Não posso exterminá-la
Tenho que viver
Que seja então da melhor forma
Liquidifico sentimentos
Confusos, doentes
O olho do furacão
Me revira, me revolta
Me embriaga, me deprime
Me enfurece, me excita
E por vezes me incita
Ouço meus próprios passos
Em direção a algum lugar
A alma precisa continuar
O corpo não pode parar
Não sou suicida
Vou continuar
Vai continuar
Vou indo
(Nane - 12/08/2013)
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