quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Mansidão

No silêncio esse barulho
Do passado perdido
Tentando se encontrar
Num presente sem festas
Sem nenhum motivo
Para tanta balbúrdia
Do que passou sem ter sido
E acabou sem existir

E nesse momento tão instável
Onde o tempo me confunde
Sem saber se tem futuro
Miro no horizonte
O impossível tão distante
Sem entender o limiar
Da tênue teia enroscada
Entre os tempos sem sentidos
Do passado e do futuro

No espaço dos meus tempos
Vago pela superfície
Com medo da explosão
Me permito abandonada
Buscar outras dimensões
Em plena claridão
Do universo sistemático
Exposto em meu juízo
De manso desvario

(Nane - 28/08/2013)



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