quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Morrendo

Mato-me lentamente
Quando bebo o líquido maldito
Que já matou outros meus

Mato-me sabendo
Que vou matar meus sonhos
Bebendo o fel da vida

Mato-me consciente
Que no copo me afogo
E mergulho minhas dores

Mato-me sem nenhuma importância
Com quem vai ficar
E por mim, (pode ser) chorar

Mato-me na insanidade
De ver morrer meus planos
E enterrar-me na depressão

Mato-me na urgência
Do pronto socorro vazio
Do amor ausente

Mato-me na fria vontade
De não não mais existir
E daqui, sem nenhum temor
Partir

(Nane - 22/08/2013)

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