Já não sei se o céu ou o inferno
Habita no peito do poeta
Que faz da intensidade suas rimas
Alegres ou tristes
Já não sei se é ele quem habita
No céu ou no inferno
Prensando seus ossos frágeis
Nas costelas desse ambíguo universo
O fato é que a poesia
Verte do habitat dúbio
Jorrando gargalhadas
Ou lágrimas
Nasce e inunda
Em palavras e olhares
Em gestos e vontades
Parida de sentimentos
Se pobre de rimas
Se pobre de nexos
É rica da expressão
Do coração do poeta
Que fala em versos
Por vezes fingidos
E tão confusos
Quanto o seu habitat
(Nane - 27/08/2013)
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