terça-feira, 30 de abril de 2013

Vingança

A morte que me cabe, me ronda
Virá no meu anoitecer
Ainda que se faça dia

Não sei como virá
Se de negro ou de branco
Silenciosa ou com estardalhaço
Assintomática ou dolorosa
Mas virá me levar para outro lugar

Sua forma me intriga
A mulher da foice
O anjo com asas
Quem será que virá me buscar...

Ela virá, isso é fato
Brinca com meu tempo
E eu, para me vingar
Queria mais uma noitada
Assim como o berro d'Água
Pelas ruas da Lapa
Em plena madrugada

Depois sim
Estaria pronta para o fim
Mas quem dentre os malucos
Me faria esse favor
Depois de morta...

(Nane-30/04/2013)

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