Ah, queria ser
Como a luz do alvorecer
Em conluio com o orvalho
Colorindo e desvirginando
Com seus raios multicores
O amanhecer...
Ter a desfaçatez da estrela da manhã
Que insiste em permanecer
Por só mais um instante
Antes de se esconder
Até o próximo anoitecer...
Queria a resignação do sol
Que nasce sabendo ter que morrer
E ainda assim aquece
Sem nenhuma distinção
Sem nenhuma morbidez...
Um pouquinho só da persistência
Do mar que vai e vem
Sem nunca sair do seu lugar
E mesmo assim, com seus mistérios
Encantar...
Ah...queria ser sim
Como a gaivota solitária
Que voa sem nenhuma rota
Guiada pelo mar
Com a certeza que voltará...
Queria a simplicidade das crianças
Que fazem da vida, brincadeira
E vivem com intensidade cada dia
Sem nunca se preocuparem com o amanhã
Que eu, hoje, nem sei se irá chegar
Queria sim
Que a minha poesia
Só falasse de alegria
E voasse bem além da minha imaginação
Sem ter nunca, nem a ninguém
Que pedir...perdão
(Nane-23/04/2013)
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