segunda-feira, 8 de abril de 2013

Mulher de fibra

A alma fortalecida
Sustenta com galardia
O corpo carcomido
Que geme o tempo inteiro

Quantos ais...
Quantos ais...

O tempo consumindo
Dia a dia o corpo
Que enverga cansado
Sem conseguir ficar ereto

Quanta dor ainda, meu Deus
Quanta dor ainda...

A alma resoluta
Se mantém altiva
Sabe que precisa
Da força absoluta

Quantos gemidos sofridos...
Quantos gemidos...

Observo calada
Escondida em mim
Revoltada com tudo
Sem nada aprender

Um nó na garganta...
Uma dor no coração...

Solidões compartilhadas
Vazios escancarados
Quanto mais admiro
Mais me rebelo

Inveja da grandeza
Dessa alma iluminada...

(Nane-08/04/2013)

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