A dor que doeu, já não dói mais
O couro curtiu, e a chibatada
Já não causa estragos
O mar está calmo, apesar do frio
Parece cansado...é só marolas
Que tapeteiam a areia, esburacando-a
A luz do dia está se pondo no horizonte
Logo não haverá mais claridade
Não é noite de luar, e nem de estrelas
Sinto o gosto doce da água do coco
E deixo o pensamento navegar...para onde quiser
Quase no nada, tão difícil de chegar
Confundo a linha do horizonte
Com a dos meus pensamentos
No vazio...que eu quero alcançar
Nada agora faz sentido
Um vento brando seca minhas pernas
Salpicadas pelas águas salgadas
Fogem as imagens de meus olhos
O mar adormeceu tranquilo
Sob o manto da noite escura...
Anestesiada, retorno ao meu lugar
Bem mais leve, sem nada a me incomodar
Escutando a canção que vem do mar...
(Nane-22/04/2013)
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