No absurdo do meu delírio
Gosto quando finalmente vejo
Com clareza a realidade
Da solidão nua e crua
Tenta a humanidade, de todo jeito
Se cercar do companheirismo vital
Em laços de amores de todas as formas
Na fuga vã do seu destino fatal
Nasce em total solidão
IndependenteS de quantos (fetos) são
Morre num instante que é só seu
Ainda que cercado por uma multidão
Vangloria-se de nascer para não ser só
Mas tem o destino de só ser
No universo paralelo e tão grandioso
Quanto o próprio universo em que habita
Correndo o risco de se afogar
Nas águas do seu próprio mar
Quando inadvertidamente teima em mergulhar
Nas profundezas do seu pensar
Pensa que a noite vai passar
Que um novo dia virá
Que tudo vai melhorar
Que o sol, finalmente vai brilhar
Mas é na noite escura
Sem estrelas e sem lua
Que a realidade transcende
Ao desejo da ilusão
São universos paralelos
O do Criador e o da criatura
Que teima em mudar seu rumo
De marionete predestinada
No absurdo do meu delírio
Gosto quando finalmente vejo
Com clareza a realidade
Da solidão nua e crua
(Nane-28/01/2018)
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