sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

UM PECADO ULULANTE

O tempo de um viver
Refletido na janela
Sob a luz do meu olhar
Divagando em visões

Dias e noites, noites e dias
Vai passando a vida
Vou rabiscando poesias
Da própria vida, destemida

Meu tempo, se não me dá prazer
Me faz ver o tempo perdido
Em meio a tantos desenganos
De um sonho previamente destruído

O medo não mora mais em mim
Nem mesmo do pecado ululante
De me desnudar em versos
Escritos sob a inspiração de um instante

Pouco importa a resolução
Do que diz minha intenção
Quem me lê, tem sua própria designação
Assinando com seu próprio coração

Visões refletidas em meu olhar
Divagando em versos mal escritos
Na embriagues da minha insanidade
Transformando o feio em bonito

Afinal, do que é feita a poesia
Além da loucura de um poeta
Mergulhado na sua fantasia
Sem nunca deixar de ser quimera

(Nane-05/01/2018)




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