domingo, 14 de janeiro de 2018

NOSTALGIA

Nostalgia
Acirrada pela bebida
Embaçada pelas lágrimas
Pelo coração, guardada

Repelente de um novo amor
Mantendo intacto o vazio
Dando rimas à poesia
De um poeta vadio

Fazendo da madrugada
Em seu silêncio absurdo
A companheira ideal
No divórcio da vida

Nas intempéries do dia
Ela, a nostalgia
Divide seu tempo
Com os fatos corriqueiros

Perde um pouco a sua força
Dissipada por problemas
Ganhando toda a sua dimensão
No manto negro da escuridão

Quando traz à noite na madrugada
Regada de cevada
A mais angustiante inspiração
Expondo ao avesso a emoção

Nostalgia
Latente durante o dia
Liberta na madrugada
Numa poesia destoada

(Nane-14/01/2018)



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