quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

A MAGIA PERDIDA

Tenho evitado falar sobre o Fluminense e futebol de forma geral,
e não é pq meu time está uma droga. O futebol perdeu (para mim)
o encanto aos poucos. Nossos clubes viraram reféns de canais
esportivos, patrocinadores, dirigentes com egos inflados, torcidas
organizadas que espalham a violência nos estádios e em seus entornos.
       Hoje nossos clubes viraram celeiros para os clubes europeus. Nossos
jogadores ainda sub 10 (antigo "fraldinha") já são assessorados por empresários
que usam os clubes endividados até a alma, para formar os atletas aproveitando-se
da famigerada Lei Pelé, e tira-os do clube praticamente de graça, afundando mais
ainda a instituição (quase sempre mal gerida por dirigentes totalmente desprepara-
dos). Basta ver quantos ex-jogadores hoje em dia exercem a "profissão" de empresário
de jogadores.
O clube hoje em dia virou refém do próprio jogador (vide a história do Fluminense
com o Gustavo Scarpa). Eu já tive um sobrinho atleta criado na base do Flamengo,
e apesar disso, dou a mão à palmatória, eles investiram pesado nele, com casa, comida,
médico, dentista, psicólogo, escola (particular), e etc por cinco anos. Façam a conta e
vejam se é justo o que acontece com o clube depois. Mesmo pq, em cada 10 meninos desses
um ou dois é que dará retorno ao clube.
       O futebol perdeu o encanto. O torcedor jovem de hoje, não tem ídolos. Visam

apenas os títulos. A história não interessa mais.
Antes o sonho eram os clubes brasileiros, hoje são apenas trampolins para a Europa,

Ásia e até a América do Norte. A identidade do jogador é com os dólares e Euros, 
não com os clubes. O sonho acabou.

                                                                  Nane

PS: A presença do público
quando o futebol era apenas
futebol:

Mais de 170 mil pessoas presenciaram o histórico título de 1969.

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