Entorpecida
Ao raiar do dia
Adormeço e desabo
De todos meus fantasmas
Os primeiros raios do sol
Cegam-me os olhos
Que obedientemente se fecham
Anestesiando os pensamentos
A rotina intensa do passado
Segue intacta em meus hormônios
Que trocam a noite pelo dia
Me rotulando de notívaga
O dia não tem lirismo
A noite transcende
Todos os meus limites
Sobrepujam muito além
Ouço minha própria respiração
No silêncio só quebrado
Por minha estapafúrdia inspiração
Que me obriga a pensar
Ah...essa louca a gritar
Dentro do meu silêncio soturno
Exasperando meus tímpanos
Enlouquecendo os pensamentos
Na minha aflição
Aguardo o sol nascer
Para que finalmente adormeça
A inconsequente inspiração
Louca, insana e sem noção
Contida ao raiar de todo dia
Explodindo no crepúsculo do anoitecer
Tentando se fazer virar...poesia
(Nane-14/01/2018)
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