quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

PREGUIÇA MENTAL

Hoje não quero escrever
Só recordar
Tudo o que escrevi
Sem de nada me lembrar

São versos esquecidos
De quem nem mais existe
Lembranças já distorcidas
Histórias já passadas

Viajando pelo tempo
Releio e relembro
De rabiscos inconsequentes
Ladrões de lágrimas já secadas

O tempo, esse ladino
Sempre pronto a me enganar
Senhor absoluto do destino
Parece gargalhar

Se de mim ou para mim
Não sei informar
E se as vezes acho que é o fim
Ele vem me tranquilizar

Meus escritos me condenam
Por vezes a sorrir
Por outras a chorar
Melhor agora é copiar

Não quero pensar
No que escreveria
Afinal minha poesia
Está sempre a me entregar

Deixa essa porra para lá
Deixa à vida eu me entregar
O que tiver que ser, será
Quanto ao resto...que se dane

(Nane-18/01/2018)



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