Que inspiração me dita
Palavras ordenadas, rimadas
Nas altas horas da madrugada
Em que nem mesmo o tempo, tem pressa
Talvez a orgia
Que transformei em poesia
Insensata por ser nostalgia
Do que quis que fosse apologia
Talvez ainda só um porre
Ditando dissabores etílicos
Apregoados pelo sopro desdenhado
Da fumaça ao relento soprada
Ou ainda, quem sabe
Seja apenas uma reles vontade
De escrever o que não dá pra ser escrito
Mas com a certeza do que é sempre sentido
Inspiração maldita
Que embaralha tudo na mente
Misturada e perdida
Em pensamentos na madrugada
Nem sei se é minha
Ou da embriagues dos meus instintos
Sei apenas que escrevo
Palavras sem sentidos
Talvez eu nem mesmo escreva
E seja só um delírio
Refletido numa folha em branco
Preenchida por meus pensamentos
(Nane-31/01/2018)
Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
REFLEXO BANDIDO
A quem possa interessar
Pouco tenho a mostrar
Além do carbono amassado
Com o reboco do que fui e ainda sou
Olha com desdém a minha história
Sorria da pieguice que me estampa
O tempo, esse velho camarada
Há de sorrir quando a tua hora for chegada
Ele passa sem se preocupar
Com a geração apta a estar
Filho de uma boa mãe
Sem noção do estrago a causar
Inimiga do espelho, eu evito
O reflexo bandido que me instiga
Vivo das lembranças estigmatizadas
Do tempo em que eu era apenas eu
Melhor idade é o cacete
Meu corpo não obedece ao meu cérebro
Prisioneira dos meus próprios limites
Reverencio o vigor da juventude
Esses felizes idiotas
Que se acham os donos do mundo
Como fui eu mesma um dia
E hoje, sigo à revelia
Sorrio da imbecilidade
Ao pensar que era eu a própria realidade
Esses moços, pobres moços
Nunca saberão o que é a verdade
Então me pergunto
Essa é a vida que temos para viver
Então, as vezes escuto
Não sei, deixa acontecer...
(Nane-31/01/2018)
Pouco tenho a mostrar
Além do carbono amassado
Com o reboco do que fui e ainda sou
Olha com desdém a minha história
Sorria da pieguice que me estampa
O tempo, esse velho camarada
Há de sorrir quando a tua hora for chegada
Ele passa sem se preocupar
Com a geração apta a estar
Filho de uma boa mãe
Sem noção do estrago a causar
Inimiga do espelho, eu evito
O reflexo bandido que me instiga
Vivo das lembranças estigmatizadas
Do tempo em que eu era apenas eu
Melhor idade é o cacete
Meu corpo não obedece ao meu cérebro
Prisioneira dos meus próprios limites
Reverencio o vigor da juventude
Esses felizes idiotas
Que se acham os donos do mundo
Como fui eu mesma um dia
E hoje, sigo à revelia
Sorrio da imbecilidade
Ao pensar que era eu a própria realidade
Esses moços, pobres moços
Nunca saberão o que é a verdade
Então me pergunto
Essa é a vida que temos para viver
Então, as vezes escuto
Não sei, deixa acontecer...
(Nane-31/01/2018)
domingo, 28 de janeiro de 2018
UNIVERSOS PARALELOS
No absurdo do meu delírio
Gosto quando finalmente vejo
Com clareza a realidade
Da solidão nua e crua
Tenta a humanidade, de todo jeito
Se cercar do companheirismo vital
Em laços de amores de todas as formas
Na fuga vã do seu destino fatal
Nasce em total solidão
IndependenteS de quantos (fetos) são
Morre num instante que é só seu
Ainda que cercado por uma multidão
Vangloria-se de nascer para não ser só
Mas tem o destino de só ser
No universo paralelo e tão grandioso
Quanto o próprio universo em que habita
Correndo o risco de se afogar
Nas águas do seu próprio mar
Quando inadvertidamente teima em mergulhar
Nas profundezas do seu pensar
Pensa que a noite vai passar
Que um novo dia virá
Que tudo vai melhorar
Que o sol, finalmente vai brilhar
Mas é na noite escura
Sem estrelas e sem lua
Que a realidade transcende
Ao desejo da ilusão
São universos paralelos
O do Criador e o da criatura
Que teima em mudar seu rumo
De marionete predestinada
No absurdo do meu delírio
Gosto quando finalmente vejo
Com clareza a realidade
Da solidão nua e crua
(Nane-28/01/2018)
Gosto quando finalmente vejo
Com clareza a realidade
Da solidão nua e crua
Tenta a humanidade, de todo jeito
Se cercar do companheirismo vital
Em laços de amores de todas as formas
Na fuga vã do seu destino fatal
Nasce em total solidão
IndependenteS de quantos (fetos) são
Morre num instante que é só seu
Ainda que cercado por uma multidão
Vangloria-se de nascer para não ser só
Mas tem o destino de só ser
No universo paralelo e tão grandioso
Quanto o próprio universo em que habita
Correndo o risco de se afogar
Nas águas do seu próprio mar
Quando inadvertidamente teima em mergulhar
Nas profundezas do seu pensar
Pensa que a noite vai passar
Que um novo dia virá
Que tudo vai melhorar
Que o sol, finalmente vai brilhar
Mas é na noite escura
Sem estrelas e sem lua
Que a realidade transcende
Ao desejo da ilusão
São universos paralelos
O do Criador e o da criatura
Que teima em mudar seu rumo
De marionete predestinada
No absurdo do meu delírio
Gosto quando finalmente vejo
Com clareza a realidade
Da solidão nua e crua
(Nane-28/01/2018)
sábado, 20 de janeiro de 2018
SINA
Triste sina
Ser ninguém
E no entanto
Ser alguém
Alguém sem nada
Sem ninguém
Sem uma só verdade
Alguém de total mentira
Triste sina
Ver passar o tempo
Tecendo o destino
De quem nasceu para ser ninguém
É tudo falso
Até mesmo os sonhos
A verdade grita
A mentira silencia
Triste sina
Quando todos os sintomas
Confirmam o diagnóstico
De que se é ninguém
A vida passa lentamente
Cheia de um sufocante vazio
Sem perspectivas na mente
À espera do nada
Triste sina
De quem não tem uma sina
Vivendo por viver
Até que se cumpra a sua sina
(Nane-20/01/2018)
Ser ninguém
E no entanto
Ser alguém
Alguém sem nada
Sem ninguém
Sem uma só verdade
Alguém de total mentira
Triste sina
Ver passar o tempo
Tecendo o destino
De quem nasceu para ser ninguém
É tudo falso
Até mesmo os sonhos
A verdade grita
A mentira silencia
Triste sina
Quando todos os sintomas
Confirmam o diagnóstico
De que se é ninguém
A vida passa lentamente
Cheia de um sufocante vazio
Sem perspectivas na mente
À espera do nada
Triste sina
De quem não tem uma sina
Vivendo por viver
Até que se cumpra a sua sina
(Nane-20/01/2018)
sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
DONOS DO MUNDO
Onde me apego
Nas noites insones
Com todos os Santos
Valham-me os Orixás
Sou nômade na fé
Apelo para quem vier
Meus dogmas são marketing
Não valem nada
Deus, esse cara
Manifestado em tudo
Se apresenta para mim
Na simplicidade de existir
No universo ímpar de cada ser
Onde aflora a vida
Do jeito e da forma como ela é
Sem nada exigir
É tanta imensidão
Eclodindo diante da visão
Que insistimos em não ver
E por isso, fadados, estamos a morrer
Deus, nada desperdiça
Faz do estrume, adubo
Dando força à flor
Que embala todo e qualquer amor
O homem, mera criatura
Ao invés de apenas amar
Insiste em interpretar
As leis do seu criador
Na efemeridade de cada existência
Nos preocupamos com irrelevâncias
Sem percebermos a única verdade
Da nossa própria eternidade
Somos grãos de areia numa praia
Nos achando donos do universo
Sorri Deus da nossa ingenuidade
Deixando-nos seguir nossa própria vontade
E que assim...seja
(Nane-19/01/2018)
Nas noites insones
Com todos os Santos
Valham-me os Orixás
Sou nômade na fé
Apelo para quem vier
Meus dogmas são marketing
Não valem nada
Deus, esse cara
Manifestado em tudo
Se apresenta para mim
Na simplicidade de existir
No universo ímpar de cada ser
Onde aflora a vida
Do jeito e da forma como ela é
Sem nada exigir
É tanta imensidão
Eclodindo diante da visão
Que insistimos em não ver
E por isso, fadados, estamos a morrer
Deus, nada desperdiça
Faz do estrume, adubo
Dando força à flor
Que embala todo e qualquer amor
O homem, mera criatura
Ao invés de apenas amar
Insiste em interpretar
As leis do seu criador
Na efemeridade de cada existência
Nos preocupamos com irrelevâncias
Sem percebermos a única verdade
Da nossa própria eternidade
Somos grãos de areia numa praia
Nos achando donos do universo
Sorri Deus da nossa ingenuidade
Deixando-nos seguir nossa própria vontade
E que assim...seja
(Nane-19/01/2018)
CRIANÇA ILUMINADA
Brilha menina
Que teu brilho irradia
E ilumina bem mais
Que as luzes da cidade
És estrela brilhante
Bem maior que a de neon
Posto que teu brilho é luz
Gerada por teu coração
Sorria
Teu sorriso de princesa
Em tua face de beleza
Em tua alma de nobreza
Aproveite menina
Teu tempo de criança
Revigora tua esperança
Brinque (enquanto pode) na tua rotina
Não te apresses
Curta a tua infância
A vida de adulto é ilusão
Deixa fluir toda a tua emoção
Ser criança é ser livre
Sem maldades nem ironias
Ser criança é ser feliz
É viver numa eterna euforia
Brinca linda menina
No teu tempo de brincar
O amanhã, por certo chegará
E você, com certeza, mais linda (ainda) será
(Nane-19/01/2018)
Que teu brilho irradia
E ilumina bem mais
Que as luzes da cidade
És estrela brilhante
Bem maior que a de neon
Posto que teu brilho é luz
Gerada por teu coração
Sorria
Teu sorriso de princesa
Em tua face de beleza
Em tua alma de nobreza
Aproveite menina
Teu tempo de criança
Revigora tua esperança
Brinque (enquanto pode) na tua rotina
Não te apresses
Curta a tua infância
A vida de adulto é ilusão
Deixa fluir toda a tua emoção
Ser criança é ser livre
Sem maldades nem ironias
Ser criança é ser feliz
É viver numa eterna euforia
Brinca linda menina
No teu tempo de brincar
O amanhã, por certo chegará
E você, com certeza, mais linda (ainda) será
(Nane-19/01/2018)
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
PREGUIÇA MENTAL
Hoje não quero escrever
Só recordar
Tudo o que escrevi
Sem de nada me lembrar
São versos esquecidos
De quem nem mais existe
Lembranças já distorcidas
Histórias já passadas
Viajando pelo tempo
Releio e relembro
De rabiscos inconsequentes
Ladrões de lágrimas já secadas
O tempo, esse ladino
Sempre pronto a me enganar
Senhor absoluto do destino
Parece gargalhar
Se de mim ou para mim
Não sei informar
E se as vezes acho que é o fim
Ele vem me tranquilizar
Meus escritos me condenam
Por vezes a sorrir
Por outras a chorar
Melhor agora é copiar
Não quero pensar
No que escreveria
Afinal minha poesia
Está sempre a me entregar
Deixa essa porra para lá
Deixa à vida eu me entregar
O que tiver que ser, será
Quanto ao resto...que se dane
(Nane-18/01/2018)
Só recordar
Tudo o que escrevi
Sem de nada me lembrar
São versos esquecidos
De quem nem mais existe
Lembranças já distorcidas
Histórias já passadas
Viajando pelo tempo
Releio e relembro
De rabiscos inconsequentes
Ladrões de lágrimas já secadas
O tempo, esse ladino
Sempre pronto a me enganar
Senhor absoluto do destino
Parece gargalhar
Se de mim ou para mim
Não sei informar
E se as vezes acho que é o fim
Ele vem me tranquilizar
Meus escritos me condenam
Por vezes a sorrir
Por outras a chorar
Melhor agora é copiar
Não quero pensar
No que escreveria
Afinal minha poesia
Está sempre a me entregar
Deixa essa porra para lá
Deixa à vida eu me entregar
O que tiver que ser, será
Quanto ao resto...que se dane
(Nane-18/01/2018)
QUE PRESENTE VOCÊ QUER?
Me diz menina
Que presente queres ganhar
Sob as bênçãos da padroeira
Ouso arriscar
O tempo em ti
Num templo de fé
Te dá sustento
Te presenteia
Faz renascer
Quem sabe, um novo viver
Recomeçando uma nova etapa
De tanto ainda florescer
Me diz menina
O que queres mais
Além de mais esse tempo
Junto dos teus pais
E pedirei na Santa Sé
Para que te seja dado
De presente em teu aniversário
No pouco que tenho da minha fé
A presença forte de teu pai
A aura abençoada de tua mãe
Formatando de luz tua família
Refletida na minha poesia
Me diz menina
Que apesar de não seres mais criança
Te sentes pequenina
No teu vale de lembranças
Não me digas menina
O queres de presente
Posto que só o que posso te dar
É o desejo de que juntos possam continuar
(Nane - 17/01/2018)
Que presente queres ganhar
Sob as bênçãos da padroeira
Ouso arriscar
O tempo em ti
Num templo de fé
Te dá sustento
Te presenteia
Faz renascer
Quem sabe, um novo viver
Recomeçando uma nova etapa
De tanto ainda florescer
Me diz menina
O que queres mais
Além de mais esse tempo
Junto dos teus pais
E pedirei na Santa Sé
Para que te seja dado
De presente em teu aniversário
No pouco que tenho da minha fé
A presença forte de teu pai
A aura abençoada de tua mãe
Formatando de luz tua família
Refletida na minha poesia
Me diz menina
Que apesar de não seres mais criança
Te sentes pequenina
No teu vale de lembranças
Não me digas menina
O queres de presente
Posto que só o que posso te dar
É o desejo de que juntos possam continuar
(Nane - 17/01/2018)
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
INSTANTES MARCADOS
Quantas vidas mais
Teremos que viver
Para enfim aprender
Que precisamos conviver
Sentimentos tão confusos
Revolvendo e revirando
Ao avesso nossas incertezas
De certezas absolutas
Instantes tão perenes
Que não nos damos contas
Marcados pela ausência
Quando não podem mais serem mudados
Palavras que ficam no ar
À perturbar o inconsciente
Ditas num preâmbulo
Das páginas de nossas vidas
O que se foi, não volta mais
O que foi dito, não se apaga mais
O que foi ouvido, insiste num eco
E o que foi sentido, deixa marcas
A moeda tem dois lados
Mas insistimos em ver um só
O que eu ouvi, o que falei e o que senti
Sem perceber o seu reverso
Essa sensação absurda
De tantas palavras não ditas
Sufocando o ar contido
Por nunca ter acreditado
Parece uma obrigação
De encontrar um culpado
Nessa loucura que é conviver
Na farsa do nosso sobreviver
Complicamos nossas vidas
Rebuscamos nossa história
Sem percebermos que a verdade
É a maior de toda a simplicidade
A corda esticada
Sem nenhum lado ceder
Um dia arrebenta
E agente cai no precipício
O medo e a desconfiança
Supera a segurança
Quantas vidas mais
Teremos que viver...
(Nane-16/01/2018)
Teremos que viver
Para enfim aprender
Que precisamos conviver
Sentimentos tão confusos
Revolvendo e revirando
Ao avesso nossas incertezas
De certezas absolutas
Instantes tão perenes
Que não nos damos contas
Marcados pela ausência
Quando não podem mais serem mudados
Palavras que ficam no ar
À perturbar o inconsciente
Ditas num preâmbulo
Das páginas de nossas vidas
O que se foi, não volta mais
O que foi dito, não se apaga mais
O que foi ouvido, insiste num eco
E o que foi sentido, deixa marcas
A moeda tem dois lados
Mas insistimos em ver um só
O que eu ouvi, o que falei e o que senti
Sem perceber o seu reverso
Essa sensação absurda
De tantas palavras não ditas
Sufocando o ar contido
Por nunca ter acreditado
Parece uma obrigação
De encontrar um culpado
Nessa loucura que é conviver
Na farsa do nosso sobreviver
Complicamos nossas vidas
Rebuscamos nossa história
Sem percebermos que a verdade
É a maior de toda a simplicidade
A corda esticada
Sem nenhum lado ceder
Um dia arrebenta
E agente cai no precipício
O medo e a desconfiança
Supera a segurança
Quantas vidas mais
Teremos que viver...
(Nane-16/01/2018)
terça-feira, 16 de janeiro de 2018
UNIVERSO INTERNO
De mim, pouco espero
E me incomoda o que esperam
Sem se importarem com o sacrifício
Que estupidamente faço
Sonhos, sempre os tive
Talvez tenha faltado a disposição
Foi mais fácil julgar a sorte
Culpada de toda minha decepção
Num universo absoluto
Enfrento heterônimos distintos
Destruindo aos poucos a personalidade
Que pensei ser minha
Desprovida de qualquer relevância
Opiniões se digladiam e se misturam
O que importa pouco importa
São meras irrelevâncias
Qual das vozes comanda
O que de fato devo ouvir
Nesse universo obscuro
Não sei, impossível compreender
Ainda que eu pudesse entrar
Dentro do meu próprio eu
Provavelmente me perderia
E seria só mais um
É difícil de entenderem
Que não devem de mim, nada esperar
Meu universo é tão complexo
Que se enche de mim mesma
(Nane-16/01/2018)
E me incomoda o que esperam
Sem se importarem com o sacrifício
Que estupidamente faço
Sonhos, sempre os tive
Talvez tenha faltado a disposição
Foi mais fácil julgar a sorte
Culpada de toda minha decepção
Num universo absoluto
Enfrento heterônimos distintos
Destruindo aos poucos a personalidade
Que pensei ser minha
Desprovida de qualquer relevância
Opiniões se digladiam e se misturam
O que importa pouco importa
São meras irrelevâncias
Qual das vozes comanda
O que de fato devo ouvir
Nesse universo obscuro
Não sei, impossível compreender
Ainda que eu pudesse entrar
Dentro do meu próprio eu
Provavelmente me perderia
E seria só mais um
É difícil de entenderem
Que não devem de mim, nada esperar
Meu universo é tão complexo
Que se enche de mim mesma
(Nane-16/01/2018)
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
MANIA DE POESIA
Tinhas mesmo que nascer num dia
Que homenageia o compositor
Que (também) é poeta e faz a poesia
Brotar na voz de um cantor
Poesia que se não é para ser entendida
Faz do leitor dono de sua autoria
Quando por ele é sentida
E em sua alma vira mania
Poucos são os que assinam
Com a leitura, a poesia
Você é poeta por opção
Retrato da mais pura emoção
Justa a homenagem ao compositor
Justo que eu venha agradecer
Pelas tantas vezes que fostes me ler
Semeando poesia feito flor
A (minha) homenagem é singela
A foto inspiradora
O dia hoje é todo dela
Minha nobre e assídua leitora
*Parabéns Luciana Motta!!!
(Nane-15/01/2018)
Que homenageia o compositor
Que (também) é poeta e faz a poesia
Brotar na voz de um cantor
Poesia que se não é para ser entendida
Faz do leitor dono de sua autoria
Quando por ele é sentida
E em sua alma vira mania
Poucos são os que assinam
Com a leitura, a poesia
Você é poeta por opção
Retrato da mais pura emoção
Justa a homenagem ao compositor
Justo que eu venha agradecer
Pelas tantas vezes que fostes me ler
Semeando poesia feito flor
A (minha) homenagem é singela
A foto inspiradora
O dia hoje é todo dela
Minha nobre e assídua leitora
*Parabéns Luciana Motta!!!
(Nane-15/01/2018)
domingo, 14 de janeiro de 2018
INS/PIRAÇÃO
Entorpecida
Ao raiar do dia
Adormeço e desabo
De todos meus fantasmas
Os primeiros raios do sol
Cegam-me os olhos
Que obedientemente se fecham
Anestesiando os pensamentos
A rotina intensa do passado
Segue intacta em meus hormônios
Que trocam a noite pelo dia
Me rotulando de notívaga
O dia não tem lirismo
A noite transcende
Todos os meus limites
Sobrepujam muito além
Ouço minha própria respiração
No silêncio só quebrado
Por minha estapafúrdia inspiração
Que me obriga a pensar
Ah...essa louca a gritar
Dentro do meu silêncio soturno
Exasperando meus tímpanos
Enlouquecendo os pensamentos
Na minha aflição
Aguardo o sol nascer
Para que finalmente adormeça
A inconsequente inspiração
Louca, insana e sem noção
Contida ao raiar de todo dia
Explodindo no crepúsculo do anoitecer
Tentando se fazer virar...poesia
(Nane-14/01/2018)
Ao raiar do dia
Adormeço e desabo
De todos meus fantasmas
Os primeiros raios do sol
Cegam-me os olhos
Que obedientemente se fecham
Anestesiando os pensamentos
A rotina intensa do passado
Segue intacta em meus hormônios
Que trocam a noite pelo dia
Me rotulando de notívaga
O dia não tem lirismo
A noite transcende
Todos os meus limites
Sobrepujam muito além
Ouço minha própria respiração
No silêncio só quebrado
Por minha estapafúrdia inspiração
Que me obriga a pensar
Ah...essa louca a gritar
Dentro do meu silêncio soturno
Exasperando meus tímpanos
Enlouquecendo os pensamentos
Na minha aflição
Aguardo o sol nascer
Para que finalmente adormeça
A inconsequente inspiração
Louca, insana e sem noção
Contida ao raiar de todo dia
Explodindo no crepúsculo do anoitecer
Tentando se fazer virar...poesia
(Nane-14/01/2018)
NOSTALGIA
Nostalgia
Acirrada pela bebida
Embaçada pelas lágrimas
Pelo coração, guardada
Repelente de um novo amor
Mantendo intacto o vazio
Dando rimas à poesia
De um poeta vadio
Fazendo da madrugada
Em seu silêncio absurdo
A companheira ideal
No divórcio da vida
Nas intempéries do dia
Ela, a nostalgia
Divide seu tempo
Com os fatos corriqueiros
Perde um pouco a sua força
Dissipada por problemas
Ganhando toda a sua dimensão
No manto negro da escuridão
Quando traz à noite na madrugada
Regada de cevada
A mais angustiante inspiração
Expondo ao avesso a emoção
Nostalgia
Latente durante o dia
Liberta na madrugada
Numa poesia destoada
(Nane-14/01/2018)
Acirrada pela bebida
Embaçada pelas lágrimas
Pelo coração, guardada
Repelente de um novo amor
Mantendo intacto o vazio
Dando rimas à poesia
De um poeta vadio
Fazendo da madrugada
Em seu silêncio absurdo
A companheira ideal
No divórcio da vida
Nas intempéries do dia
Ela, a nostalgia
Divide seu tempo
Com os fatos corriqueiros
Perde um pouco a sua força
Dissipada por problemas
Ganhando toda a sua dimensão
No manto negro da escuridão
Quando traz à noite na madrugada
Regada de cevada
A mais angustiante inspiração
Expondo ao avesso a emoção
Nostalgia
Latente durante o dia
Liberta na madrugada
Numa poesia destoada
(Nane-14/01/2018)
sábado, 13 de janeiro de 2018
A LISTA
Escrevo enquanto vejo
Gravado em lembranças
Imagens de tempos idos
Vozes emudecidas
Me vem na mente "A Lista"
Que se antes faltavam-me os dedos
Hoje, a rigor, me bastam dois
Que ao meu estalar, se pronunciam
Uma "voa" livre em poesias
Pousando sempre em meu jardim
Fazendo de nossa amizade apologia
Por sermos almas afim
Outra me traz de volta ao chão
Equilibrando minha volatilidade
Inconsequente e sem noção
De volta à razão
O pouco que restou
É muito, é ouro
Na verdade, são tesouros
Que em mim ficou
Também, por tantos outros passei
Que nada posso reclamar
Ficou quem tinha que ficar
Se foi quem tinha que passar...
(Nane- 13/01/2018)
Gravado em lembranças
Imagens de tempos idos
Vozes emudecidas
Me vem na mente "A Lista"
Que se antes faltavam-me os dedos
Hoje, a rigor, me bastam dois
Que ao meu estalar, se pronunciam
Uma "voa" livre em poesias
Pousando sempre em meu jardim
Fazendo de nossa amizade apologia
Por sermos almas afim
Outra me traz de volta ao chão
Equilibrando minha volatilidade
Inconsequente e sem noção
De volta à razão
O pouco que restou
É muito, é ouro
Na verdade, são tesouros
Que em mim ficou
Também, por tantos outros passei
Que nada posso reclamar
Ficou quem tinha que ficar
Se foi quem tinha que passar...
(Nane- 13/01/2018)
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
A BELEZA DA TRISTEZA
E quem disse que não há beleza na tristeza
Se é dela que se alimenta a poesia
A música, a opera, uma tela, toda a arte
Às vezes disfarçada de alegria
O que seria do poeta e sua poesia
Sem a sua (característica) melancolia
Ordenada em doridas rimas
Sua matéria-prima
Além de todo o horizonte
Busca o poeta sua fonte
De sonhos, quimeras e utopias
Ingredientes para a sua poesia
Divaga na penumbra de seus pensamentos
Formados de meras fantasias
Por ele imaginado e vivido
Na solitude com mais ninguém dividido
Efêmeras doses de prazer
Contrastando com sua realidade
Seca, cruel e desumana
Desprovida de todo e qualquer viver
Sofre e chora o poeta
Enquanto rabisca seus amores
Quase sempre inventados
Ou afogados no mar de suas dores
Há sim uma beleza na tristeza
De quem se debulha na escrita
Revelando só para si as lágrimas
Autora das maiorias de todas as poesias
Deixa então que os versos meus
Fluam por entre paralelas
Nos caminhos da tristeza e da alegria
Do poeta e da poesia
(Nane-12/01/2018)
Se é dela que se alimenta a poesia
A música, a opera, uma tela, toda a arte
Às vezes disfarçada de alegria
O que seria do poeta e sua poesia
Sem a sua (característica) melancolia
Ordenada em doridas rimas
Sua matéria-prima
Além de todo o horizonte
Busca o poeta sua fonte
De sonhos, quimeras e utopias
Ingredientes para a sua poesia
Divaga na penumbra de seus pensamentos
Formados de meras fantasias
Por ele imaginado e vivido
Na solitude com mais ninguém dividido
Efêmeras doses de prazer
Contrastando com sua realidade
Seca, cruel e desumana
Desprovida de todo e qualquer viver
Sofre e chora o poeta
Enquanto rabisca seus amores
Quase sempre inventados
Ou afogados no mar de suas dores
Há sim uma beleza na tristeza
De quem se debulha na escrita
Revelando só para si as lágrimas
Autora das maiorias de todas as poesias
Deixa então que os versos meus
Fluam por entre paralelas
Nos caminhos da tristeza e da alegria
Do poeta e da poesia
(Nane-12/01/2018)
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
APRENDENDO A SURFAR
Surfa menino
Na imensidão desse mar
Disposto a te ensinar
O equilíbrio na prancha
Faz dessas águas
O teu habitat
Para nunca naufragar
Nos teus sonhos à navegar
Aproveita a mansidão
Para aprender a lição
E um dia, sem medo, surfar
Sobre essa mesma água revolta
Deixa o mar te conduzir
Sem medo de cair
Respeitando seus limites
Vivendo a paz que ele (o mar) transmite
Aprenda menino
Em seu eterno ir e vir
Que o mar não se deixa levar
Por quem teima em o conquistar
Faz dele teu amigo
Ou quem sabe, inspiração
Se não para a poesia
Que seja para alegrar teu coração
Surfa "pequeno"
Por sobre essas águas
Que nos lavam a alma
Transbordante desse amor que deságua
(Nane- 11/01/2018)
Na imensidão desse mar
Disposto a te ensinar
O equilíbrio na prancha
Faz dessas águas
O teu habitat
Para nunca naufragar
Nos teus sonhos à navegar
Aproveita a mansidão
Para aprender a lição
E um dia, sem medo, surfar
Sobre essa mesma água revolta
Deixa o mar te conduzir
Sem medo de cair
Respeitando seus limites
Vivendo a paz que ele (o mar) transmite
Aprenda menino
Em seu eterno ir e vir
Que o mar não se deixa levar
Por quem teima em o conquistar
Faz dele teu amigo
Ou quem sabe, inspiração
Se não para a poesia
Que seja para alegrar teu coração
Surfa "pequeno"
Por sobre essas águas
Que nos lavam a alma
Transbordante desse amor que deságua
(Nane- 11/01/2018)
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
LEMBRANÇAS
Lembra menina
Do começo disso tudo
Quando eu te carregava
E pra você dormir, cantava
Lembra das correrias
Pelo quintal cheio de frutas
Do esconde-esconde e as gritarias
Do medo da "mulher de branco"
Lembra menina
Da simplicidade da infância
Na casa da "Vó Zita"
Onde morava a verdadeira felicidade
Lembra dos tantos animais
Que enfeitaram o teu crescimento
E deixaram tão boas lembranças
No teu tempo de criança
Lembro, agora, menina
De que já não és tão menina
Mulher balzaquiana
Extremamente tão linda
E no entanto continuas minha menina
Dona de tantos encantos
Refletidos no teu sorriso de criança
No decorrer da tua (vida) dança
Lembra menina...
(Nane-10/01/2018)
Do começo disso tudo
Quando eu te carregava
E pra você dormir, cantava
Lembra das correrias
Pelo quintal cheio de frutas
Do esconde-esconde e as gritarias
Do medo da "mulher de branco"
Lembra menina
Da simplicidade da infância
Na casa da "Vó Zita"
Onde morava a verdadeira felicidade
Lembra dos tantos animais
Que enfeitaram o teu crescimento
E deixaram tão boas lembranças
No teu tempo de criança
Lembro, agora, menina
De que já não és tão menina
Mulher balzaquiana
Extremamente tão linda
E no entanto continuas minha menina
Dona de tantos encantos
Refletidos no teu sorriso de criança
No decorrer da tua (vida) dança
Lembra menina...
(Nane-10/01/2018)
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
FASES DA LUA
Olho para a lua e penso
Será que em algum lugar
Por um minuto que seja
Você ainda pensa em mim
As vezes acho que sim
Mas na maioria, sei que não
A lua se apaga e escurece (a noite)
Quando aperta meu coração
Gosto de relembrar
O tempo que tivemos
Passou, acabou
Mas em mim, ficou
Hoje só o mar me traz você
Em ondas que vem
Mas que sempre se vão
Junto com a minha ilusão
A lua é só uma confidente
Que míngua, cresce, se enche e se renova
E escuta sem me criticar
Na porra da noite escura
Lua nua e crua
Vendendo seu brilho
Em troca de qualquer vintém
Pra quem, como eu, não tem
Resta-me a poesia
À lua fugidia e sem brilho
Esmorecida na melancolia
De um fulgor perdido num amor
Amanhã, quando o sol surgir
Pode ser que um novo dia
Me faça de novo sorrir
E rabiscar uma nova poesia
(Nane-08/01/2018)
domingo, 7 de janeiro de 2018
TZIU
Simpático
Amigo
Vadio
Feliz
Menino da rua
Querido e temido
Amado e odiado
Cão sem dono (ou não)
Sou dona (ou não)
Sorri com os olhos
Abana sua cauda
Me pede carinho
Me faz pagar micos
Nos mercados e na rua
Late em sol maior
Anunciando ser meu
Disfarço, não conheço
Mas o desgraçado me abraça
Não dá para negar
Esse "negão" é popstar
O motoqueiro levanta as pernas
Ele late e finge avançar
É só brincadeira de cão vadio
Não quer a ninguém pegar
Mas como explicar
Melhor me esconder
Fingir que não conheço
O *fdp teima em me expor
Orgulhoso me sorri
Como a me dizer:
Viu só o que posso fazer
E fiz só para você
É meu cachorro Tziu
Simpático e vadio
"Neguim" o manda pra #putaqueopariu
Eu, enternecida, o abraço
(Nane-07/01/2018)
Amigo
Vadio
Feliz
Menino da rua
Querido e temido
Amado e odiado
Cão sem dono (ou não)
Sou dona (ou não)
Sorri com os olhos
Abana sua cauda
Me pede carinho
Me faz pagar micos
Nos mercados e na rua
Late em sol maior
Anunciando ser meu
Disfarço, não conheço
Mas o desgraçado me abraça
Não dá para negar
Esse "negão" é popstar
O motoqueiro levanta as pernas
Ele late e finge avançar
É só brincadeira de cão vadio
Não quer a ninguém pegar
Mas como explicar
Melhor me esconder
Fingir que não conheço
O *fdp teima em me expor
Orgulhoso me sorri
Como a me dizer:
Viu só o que posso fazer
E fiz só para você
É meu cachorro Tziu
Simpático e vadio
"Neguim" o manda pra #putaqueopariu
Eu, enternecida, o abraço
(Nane-07/01/2018)
sábado, 6 de janeiro de 2018
MEU PORTO SEGURO
Ao navegar pelo orkut
Ao aportar nesse sorriso
Ao estreitar nossa conversa
Brilhou o sol
Quando se pôs a amizade
Num baú enterrado
No fundo de nossos corações
Caiu a chuva
Refrescante de verão
Sempre que precisamos
Do amor de um irmão
Abençoou-nos Deus
Quando permitiu que nossos barcos
Se esbarrassem num mesmo mar
De águas puras e cristalinas
No dia do seu aniversário
Mais do que nunca, presente
Deus me deu a alegria
De seres musa da minha poesia
Eternamente grata
Agradeço todo dia
Ter aportado em teu abraço
Seguro por tão lindo laço
É esta a minha imagem
Guardada para sempre na retina
Ancorada ao final de toda viagem
No porto seguro de nossa amizade
(Nane-06/01/2018)
sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
SORRISO DE DEUS
Deus
Permita que ela
Mesmo nas adversidades
Sorria sempre
Deus
Segura a sua mão
Para que ela
Espalhe o seu sorriso
Deus
Se destes a ela
A beleza do sorriso
Permitas que o reparte
Deus
O seu sorriso irradia
Em quem com ela convive
E até em quem escreve poesia
Permita então, meu Deus
Que ela sempre sorria
Mandando embora a agonia
E à tristeza dando adeus
Posto que ela é sinônimo da alegria
Talhada na espontaneidade
Do seu sorriso iluminado
Destinado a espalhar felicidade
(Nane-05/01/2018)
LINDA
Na efemeridade linda
Você se foi
Deixando sua marca
Em quem ficou
Linda foi sua missão
Na simplicidade do cuidar
De quem ainda está a te escutar
No aconchego do coração
Linda, tão linda fostes
Que nada pode apagar
Todo o amor que tu plantastes
E que sigo a cultivar
Linda a tua sabedoria
Que hoje sei, era poesia
De um amar sem nada esperar
De um querer sem nada cobrar
Linda todas as lições
Que por legado, tu deixastes
Linda tuas feições
Gravadas e eternizadas
Linda que abençoa
De onde quer que te encontras
Este ser a ti confiado
E por ti (a certeza de) ser amado
(Nane-05/01/2018)
Você se foi
Deixando sua marca
Em quem ficou
Linda foi sua missão
Na simplicidade do cuidar
De quem ainda está a te escutar
No aconchego do coração
Linda, tão linda fostes
Que nada pode apagar
Todo o amor que tu plantastes
E que sigo a cultivar
Linda a tua sabedoria
Que hoje sei, era poesia
De um amar sem nada esperar
De um querer sem nada cobrar
Linda todas as lições
Que por legado, tu deixastes
Linda tuas feições
Gravadas e eternizadas
Linda que abençoa
De onde quer que te encontras
Este ser a ti confiado
E por ti (a certeza de) ser amado
(Nane-05/01/2018)
UM PECADO ULULANTE
O tempo de um viver
Refletido na janela
Sob a luz do meu olhar
Divagando em visões
Dias e noites, noites e dias
Vai passando a vida
Vou rabiscando poesias
Da própria vida, destemida
Meu tempo, se não me dá prazer
Me faz ver o tempo perdido
Em meio a tantos desenganos
De um sonho previamente destruído
O medo não mora mais em mim
Nem mesmo do pecado ululante
De me desnudar em versos
Escritos sob a inspiração de um instante
Pouco importa a resolução
Do que diz minha intenção
Quem me lê, tem sua própria designação
Assinando com seu próprio coração
Visões refletidas em meu olhar
Divagando em versos mal escritos
Na embriagues da minha insanidade
Transformando o feio em bonito
Afinal, do que é feita a poesia
Além da loucura de um poeta
Mergulhado na sua fantasia
Sem nunca deixar de ser quimera
(Nane-05/01/2018)
Refletido na janela
Sob a luz do meu olhar
Divagando em visões
Dias e noites, noites e dias
Vai passando a vida
Vou rabiscando poesias
Da própria vida, destemida
Meu tempo, se não me dá prazer
Me faz ver o tempo perdido
Em meio a tantos desenganos
De um sonho previamente destruído
O medo não mora mais em mim
Nem mesmo do pecado ululante
De me desnudar em versos
Escritos sob a inspiração de um instante
Pouco importa a resolução
Do que diz minha intenção
Quem me lê, tem sua própria designação
Assinando com seu próprio coração
Visões refletidas em meu olhar
Divagando em versos mal escritos
Na embriagues da minha insanidade
Transformando o feio em bonito
Afinal, do que é feita a poesia
Além da loucura de um poeta
Mergulhado na sua fantasia
Sem nunca deixar de ser quimera
(Nane-05/01/2018)
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
A MAGIA PERDIDA
Tenho evitado falar sobre o Fluminense e futebol de forma geral,
e não é pq meu time está uma droga. O futebol perdeu (para mim)
o encanto aos poucos. Nossos clubes viraram reféns de canais
esportivos, patrocinadores, dirigentes com egos inflados, torcidas
organizadas que espalham a violência nos estádios e em seus entornos.
Hoje nossos clubes viraram celeiros para os clubes europeus. Nossos
jogadores ainda sub 10 (antigo "fraldinha") já são assessorados por empresários
que usam os clubes endividados até a alma, para formar os atletas aproveitando-se
da famigerada Lei Pelé, e tira-os do clube praticamente de graça, afundando mais
ainda a instituição (quase sempre mal gerida por dirigentes totalmente desprepara-
dos). Basta ver quantos ex-jogadores hoje em dia exercem a "profissão" de empresário
de jogadores.
O clube hoje em dia virou refém do próprio jogador (vide a história do Fluminense
com o Gustavo Scarpa). Eu já tive um sobrinho atleta criado na base do Flamengo,
e apesar disso, dou a mão à palmatória, eles investiram pesado nele, com casa, comida,
médico, dentista, psicólogo, escola (particular), e etc por cinco anos. Façam a conta e
vejam se é justo o que acontece com o clube depois. Mesmo pq, em cada 10 meninos desses
um ou dois é que dará retorno ao clube.
O futebol perdeu o encanto. O torcedor jovem de hoje, não tem ídolos. Visam
apenas os títulos. A história não interessa mais.
Antes o sonho eram os clubes brasileiros, hoje são apenas trampolins para a Europa,
Ásia e até a América do Norte. A identidade do jogador é com os dólares e Euros,
não com os clubes. O sonho acabou.
Nane
PS: A presença do público
quando o futebol era apenas
futebol:
Mais de 170 mil pessoas presenciaram o histórico título de 1969.
e não é pq meu time está uma droga. O futebol perdeu (para mim)
o encanto aos poucos. Nossos clubes viraram reféns de canais
esportivos, patrocinadores, dirigentes com egos inflados, torcidas
organizadas que espalham a violência nos estádios e em seus entornos.
Hoje nossos clubes viraram celeiros para os clubes europeus. Nossos
jogadores ainda sub 10 (antigo "fraldinha") já são assessorados por empresários
que usam os clubes endividados até a alma, para formar os atletas aproveitando-se
da famigerada Lei Pelé, e tira-os do clube praticamente de graça, afundando mais
ainda a instituição (quase sempre mal gerida por dirigentes totalmente desprepara-
dos). Basta ver quantos ex-jogadores hoje em dia exercem a "profissão" de empresário
de jogadores.
O clube hoje em dia virou refém do próprio jogador (vide a história do Fluminense
com o Gustavo Scarpa). Eu já tive um sobrinho atleta criado na base do Flamengo,
e apesar disso, dou a mão à palmatória, eles investiram pesado nele, com casa, comida,
médico, dentista, psicólogo, escola (particular), e etc por cinco anos. Façam a conta e
vejam se é justo o que acontece com o clube depois. Mesmo pq, em cada 10 meninos desses
um ou dois é que dará retorno ao clube.
O futebol perdeu o encanto. O torcedor jovem de hoje, não tem ídolos. Visam
apenas os títulos. A história não interessa mais.
Antes o sonho eram os clubes brasileiros, hoje são apenas trampolins para a Europa,
Ásia e até a América do Norte. A identidade do jogador é com os dólares e Euros,
não com os clubes. O sonho acabou.
Nane
PS: A presença do público
quando o futebol era apenas
futebol:
Mais de 170 mil pessoas presenciaram o histórico título de 1969.
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
COLAPSO
Do certo e do errado nada sei
Efemeridades contidas em certezas
Que se diluem e se transformam
De acordo com o momento
Meu certo de ontem
Tornou-se errado hoje
Sem que eu nada pudesse fazer
Ou nem mesmo interferir
Dois mais dois são quatro
Mas é o cinco que tira a prova do real
Jogando ao chão todo o concreto
Expondo as vísceras do abstrato
Vem os vermes corroerem
Todas as certezas infames
Virando do avesso as massas cinzentas
Recriando o absoluto
Para tudo mudar no dia seguinte
Numa salada de opiniões
Nômades e sem direção
Ao sabor do vento
O certo e o errado se misturam
E se torcidos expelem um mesmo caldo
Em tênues diferenças
Processadas que acabam sendo digeridas (juntas)
Meu certo errou
No errado do meu acerto
Minhas contas não bateram
A soma virou subtração
De tudo isso, só o que eu sei
É que o certo e o errado são juízes
Enraizados em meus neurônios
Que em curto-circuito desandou
(Nane-02/01/2017)
Efemeridades contidas em certezas
Que se diluem e se transformam
De acordo com o momento
Meu certo de ontem
Tornou-se errado hoje
Sem que eu nada pudesse fazer
Ou nem mesmo interferir
Dois mais dois são quatro
Mas é o cinco que tira a prova do real
Jogando ao chão todo o concreto
Expondo as vísceras do abstrato
Vem os vermes corroerem
Todas as certezas infames
Virando do avesso as massas cinzentas
Recriando o absoluto
Para tudo mudar no dia seguinte
Numa salada de opiniões
Nômades e sem direção
Ao sabor do vento
O certo e o errado se misturam
E se torcidos expelem um mesmo caldo
Em tênues diferenças
Processadas que acabam sendo digeridas (juntas)
Meu certo errou
No errado do meu acerto
Minhas contas não bateram
A soma virou subtração
De tudo isso, só o que eu sei
É que o certo e o errado são juízes
Enraizados em meus neurônios
Que em curto-circuito desandou
(Nane-02/01/2017)
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