Nas sombras da noite
Que não acaba
Eu ando e olho
Formas criadas
Pela imaginação
Assustada...
Faço da dança
Das reles cortinas
Monstros aterrorizantes
Prontos a me atacarem
E me levarem
Pros umbrais profundos
Da minha memória...
Sinto seu cheiro
De enxofre
Inebriando meus sentidos...
Sinto suas patas viscosas
Agarrando meus braços esquálidos
Puxando-os com força
Parecendo querer arrancá-los...
Noite eterna
Já não posso mais aguentar
A tortura do meu próprio imaginar
Que teima em me arrastar
Pros umbrais do inferno
Desde que deixei partir
O sossego que perdi
(Nane - 09/07/2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário