segunda-feira, 15 de julho de 2013

Dor do parto

A mão que escreve poesia
É a mesma que abraça
Faz carinho, embala
O menino que se fez homem
E deixou vazia a mão que escreve

Escreve a mão
Coordena o cérebro
E sente o coração

E vêm os radicais
Falando de estruturas
Mal sabem que a minha
Vem de dentro

A mão, o cérebro e o coração
São o meu exterior
Que se unem e rabiscam
O que a alma
Base da minha poesia
Vive e sente (não na carne)

Por vezes se desespera
Sem poder chorar
E faz do corpo útero se rompendo
Ao nascimento do até então feto
Agora poesia
Sem analgesia...






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