Sem eira nem beira
Vago sozinha
Na noite escura
Sem estrelas nem lua
Vou de encontro
Ao meu intelecto
Que de tão gasto
Pensa bobagens
Sombras e formas
Nas paredes dos edifícios
Agora vazios
Não me metem medo
Dorme a cidade
Enquanto eu vago
E um cão afago
Me sentindo só
Homens e mulheres
Se amando em calçadas
Em meio às crianças
Que fingem dormir
Uma fogueira aquece
Uma talagada também
Não mexem comigo
Não mexo com ninguém
Vago sozinha
Na noite escura
À espera do dia
Para levar essa agonia
(Nane - 02/07/2013)
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