Lá fora o vento sopra
As folhas balançam e caem
Amareladas pelo tempo
Novas folhas verdes
Revestem a copa da árvore
Frutos verdes esperam o tempo
De se tornarem apetitosos
É a vida seguindo seu rumo
Sem se importar se a morte vem...
Os gatos no cio
Fazem sexo no telhado
E anunciam seus prazeres
A gata prenha
Sozinha
Pari a sua cria
E lambe seus filhotes
Sem precisão de pai
É a vida seguindo seu rumo
Sem se importar se a morte vem...
O menino brinca no quintal
De bola, taco, e de carrinhos
Puxa o pobre do rabinho
Do seu cão amigo
Corre se sentindo livre
Sem saber que caminha
Com ansiedade
Em direção a prisão
Da sua maioridade
Formará uma família
Deixando para trás a sua (de agora)
É a vida seguindo seu rumo
Sem se importar se a morte vem...
E o velho conta suas histórias
Sem nem sempre ter quem as escute
E relembra seus tempos de rapaz
Ousado, viril, conquistador e provedor
Se irrita com o barulho
Da música alta que escutam
Briga pelo canal da TV
Que não o deixam assistir
Olha ao seu redor desanimado
Procurando em seu passado
O homem que ele era
É a vida seguindo seu rumo
Sem se importar se a morte vem...
(Nane - 11/07/2013)
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