sábado, 4 de maio de 2013

Terra de ninguém

Enterrada viva
Sem terra por cima
Sem vermes me roendo
Sem Deus para me ouvir
Sem o diabo para me atentar

Terra de ninguém
Nem roxa, nem vermelha
Grileira de alma
Ou de corpo
Sem vínculo com nada
Sem terra santa
Sem ar nos pulmões

Vida sem vida
Sem tesão nenhum
De nada e de ninguém
Chorar é perda de tempo
E tempo é coisa eterna
Vale tanto quanto eu
Tudo e nada
É ponto de vista

A terra é leve
Pesado é a falta do ar
Que falta nos pulmões
Enfraquecidos pelo tabaco
Amigo e companheiro
Que mato a toda hora
Antes que ele me faça
Adormecer...

(Nane-04/05/2013)

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