quinta-feira, 9 de maio de 2013

Noite fria

Ouço a canção que vem do mar
O vento sibilando manso
Lá fora a brisa sopra frio
Me falta coragem para ir lá
Me debruço na janela
Observo o Cristo aceso
Revestido pelas brumas da noite
Belo e impávido no Corcovado
Observando a Guanabara...
As ondas se agitam de ressaca
Provocada pelo frio inebriante
Que faz o mar virar cantor
Embriagado num eterno vai e vem
Que embriaga quem vem o escutar...
Pessoas diminutas pela altura
Do andar no prédio acinzentado
Cruzam a rua sem perceberem
Que estão sendo observadas
Sequer ouvem a balada
Que o mar entoa na madrugada...
O frio me faz desejar companhia
A solidão me faz sonhar
A voz do mar não se cala nunca
Daqui a pouco a voz do dia
Vai abafar (mas não calar)
Qual será a imagem que você vê
Ou o sonho que te permeia
Nessa noite tão fria
Que eu te queria fazer poesia...

(Nane-09/05/2013)


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