Que poeta sou eu
Sem eira, nem beira
Sem rimas simétricas
Ganhando o mundo
Sem sair da cadeira...
Que poema rabisco
Das águas do Porto
Sem nunca ter mergulhado
Em suas vinícolas
E me embriagado...
Que poeta sou eu
Que as letras não aprendeu
Viajar...não deu
E rabisca com a certeza
Da alma de andarilho...
Que poeta sou eu
Que busca nos olhos
De outras almas afins
Uma nova inspiração
Da poesia em construção...
Que poeta sou eu
Que voa sem sair do chão
Sempre em busca da ilustração
Que comporá o meu refrão...
E só o que sei
É que não sou poeta
Mas não consigo parar
(E nem quero) De rabiscar...
(Elian-01/06/2012)
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