sábado, 9 de junho de 2012

De dentro pra fora



Desnudo-me inteira.
Rasgo meus véus
do primeiro ao sétimo
e mesmo assim não me encontro...
Estou no avesso
escondida de mim
nem sei quem sou
Lanço meu nome na lama
estremeço inteira na cama
tentando encontrar
a fera escondida em pudores
do que julguei certo,
mas que ao certo é errado.
Quero libertar meu inverso
em todos os meus versos.
Rasgar ditaduras por mim ditadas,
gritar minha diferença
na tua indiferença.
A louca que existe em mim
quer o cálice tinto e seco,
quer teu leito, teu amor...
pra ver se me encontro,
pra ver se me ajeito.
Estou em alerta
letejante por dentro...
querendo nascer,
estremecer,
endoidecer...
me perder para me encontrar
e assim, quem sabe,
finalmente deixar de te amar.


(Elian/Rrgina Peron - 09/06/2012)





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