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sábado, 16 de junho de 2012
Boemia
Sinto saudades das noites do Rio
Do peixe frito no Aterro
Em plena madrugada
Enquanto nas quadras
O jogo de "peladas"
Anima a moçada
E o mar quebrando nas pedras
Soprando a areia fininha
Que vem na brisa fria
Batendo no rosto da gente
Salgando a tez arrepiada...
Saudades das calçadas descalças
Das pedras portuguesas
Que a cada buraco que pisava
O pobre do meu pé entortava
E o namorado, gentil, me segurava
Enquanto de mãos dadas
Pelas ruas, a gente caminhava...
Saudades dos bares lá da Vila
Onde uma mesinha a gente ocupava
E dos violeiros que tocavam
Enquanto a gente dançava...
Saudades de Madureira
Da quadra da Portela
Do churrasco de costela
Da cerveja geladinha
Do samba de raíz
Do terno com risca de giz...
Saudades da noite carioca
Dos carrinhos de tapioca
Do angu à baiana
No Largo do Machado
Do chope gelado
Saudades da boemia...
(Elian-15/06/2012)
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