terça-feira, 9 de novembro de 2010

No lume do olhar



No lume do meu olhar
A verdade que não quer calar
Mas que teimo em não dizer
Para não ter que sofrer

Se me calo e consinto
Me omito e não minto
Mas me deixo levar na ventania
Que despetala as flores em agonia

Hoje sou eu a minha força
E faço das minhas veias insossas

O pulsar da vida que caminha
Ainda que eu esteja sozinha

São desejos meus
Aos quais nunca disse adeus
Mas que entendi não passarem de ilusões
Engôdos ingênuos de paixões
Que deixaram saudades de emoções
Que vivi e morreram sem orações

E agora na minha estrada estou só
Caminho sem ninguém a me seguir
Levo comigo no lume do meu olhar
A verdade que não quer calar...

(Nane-08/11/2010)



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