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quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Fúria louca
No Rio de Janeiro homens matam homens, numa fúria louca,
num desvario sem noção, se compreenção, sem motivo algum...
E nas ruas da cidade o medo em cada rosto. Não sei quando
vou poder sair. Não sei se vão me atingir...se serei o primeiro,
ou só mais um a cair no Rio de Janeiro.
São bombas, artefatos, gente correndo sem rumo, apenas para
fugir do que nem eles mesmos sabem...
E o Rio das praias lindas, do Pão de Açucar e do Corcovado, se
transforma em campo de guerra minado.
A mãe chora seu filho que tomou a bala achada que o transformou em
um perdido. O filho chora o pai, que na volta do trabalho se encontrou
com o diabo que o despachou, e esse não volta mais...Não importa saber
se quem matou foi o bandido ou o policial, o fato é que no Rio de Janeiro,
mais um assim tombou.
Os arrastões estão a solta, carros na estrada são parados e logo em seguida
queimados. Os ônibus revistados, passageiros na estrada, sem ter como voltar
pra casa. Agora outro dia tá passando...quem sabe a violência passe também...
Quem sabe o Rio volte a ser ordeiro, quem sabe eu me orgulhe de ser do Rio
de Janeiro e de morar aqui eu não tenha mais medo? Quem sabe....
(Nane-24/11/2010)
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