Sou eu, que na noite escura
Vago pelos corredores
Da minha própria existência
Sem ter muros para me ancorar
Reflito, em minhas próprias bases
Fundadas em meus princípios
Ladeados num cimento areado
Dos meus nefastos pecados
Refaço meus caminhos no deserto
Por onde andei sem nenhuma noção
Te vi tão perto de mim
Miragem, pura ilusão
Gritei no mais alto do meu tom
Tentei agarrar a sua mão
Sobrevivência era a minha questão
Silêncio, vazio, nenhum som
O que foi que eu fiz
Por favor, vem aqui e me diz
Não, não é rebeldia
É só minha mente baldia
Penso no tempo que perdi
Penso em tudo o que vivi
A possibilidade da diferença
Nos princípios da minha crença
Um turbilhão em minha mente
Me diz que nunca fui presente
Na minha própria jornada
Hoje, dolorosamente escancarada
Agora é a hora da virada
O que passou, se foi, não volta mais
Deixa ficar para trás
A vida...começa agora
Vem me encontrar...
(Nane - 12/09/2018)
Nenhum comentário:
Postar um comentário