domingo, 2 de setembro de 2018

DELÍRIOS DE UM POETA

Então é assim
Que me vejo, me sinto, me abro
(Ou fecho)

Feito a semana que se acaba
Sem nunca compreender
Se na realidade, começa

Escuto, respiro e espero
O tempo do tempo do saber
Onde a magia se fará acontecer
Na sutileza de mais um amanhecer
(Ou anoitecer)

Onde o que importa é viver

Refugo
Em meus atos decisivos
De meu pré julgamento
De um certo e um errado
Na consequência taxativa
Que apresenta sua conta

O medo se mistura
Com a insegurança da certeza
De que o meu certo está errado
Será mesmo que o errado
Era de fato o meu certo
Perdido em desencontros

Então me sinto na ebulição
Fervente e sem noção
Das bolhas que estouram
Derramando pelas bordas
Apagando o fogo que as alimentam
Resfriando meus instintos

E nessa confusão
Tento dirigir a minha vida
Sem me importar tanto com o certo
Me desligando do errado
Vivendo a cada momento
O presente do meu futuro

(Nane - 02/09/2018)

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