Ser ou não ser
Eis a questão
Dizer ou não dizer
O que dita o coração
Expor seus sentimentos
À meros julgamentos
De quem, quase sempre não capacitado
Julgará sem discernimento
O poeta se acabrunha
Não rima seu pensamento
A vida insensata
Discursa em prosopopeia
Subterfúgios da alma
Sensível e desembestada
Sem um curso metrificado
Rabiscando sem cabresto
Seu rio de lavas incandescente
Dita as palavras em lavas
Por vezes um tanto indecentes
Por outras, não dizem nada
E o poeta se espelha
No dizer ou não dizer
Calar, talvez seja o melhor
Mas ele não consegue se conter
Deixa escapar nas entrelinhas
Proposital em sua mente
A dor que deveras sente
Camuflada em tuas rimas
Mente, dizendo verdades
Que de sua boca, jamais sairia
Finge que nada vale a pena
Transforma tudo em poesia
Ser ou não ser
Eis a eterna questão
Dizer ou não dizer
O que dita o coração...
(Nane - 12/09/2018)
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